Ola pessoal!!!!
O post dessa semana é de uma matéria do jornal Estadão, que fala sobre uma copa entre robôs e tem participação de brasileiros espero que gostem da matéria.
Além da Copa da FIFA, na África, estou acompanhando outra Copa do Mundo de Futebol, que está sendo realizada em Cingapura, desde o dia 19 e vai até o dia 25, próxima sexta-feira. É a Robocup World Championship and Symposium, uma competição entre equipes de robôs de quase uma centena de universidades de todo o mundo, inclusive de estudantes de duas universidades brasileiras: a FEI, de São Paulo, e a da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. As equipes brasileiras estão inscritas na categoria Small Size, que utiliza pequenos robôs de 15 cm de altura, também conhecida como F-180.
Criada em 1997, a Robocup chamava-se inicialmente The Robot World Cup Soccer Games and Conferences. Com o tempo, acabou por tornar-se a mais importante competição entre robôs do mundo. O foco principal do evento são os jogos de futebol. Conta hoje com a participação de mais de 3 mil pesquisadores e dela participam mais de 450 equipes de 40 países. Seu progresso na última década tem sido impressionante. Já existem robôs bípedes ou humanóides que jogam futebol com razoável habilidade.
Nessas partidas, os atletas e os treinadores são substituídos por robôs. O jogo é disputado em um campo com 17,5 metros quadrados, onde os robôs são comandados por um programa executado em tempo real em computador. Duas câmeras de TV, instaladas a uma altura de quase quatro metros, captam as imagens da partida e as enviam ao computador, que controla os robôs por radiofrequência.
Os jogos são divididos nas seguintes categorias: Equipe Simuladora de 2D e 3D; Equipe dos Robôs de Pequenas Dimensões (Small Size Robot League); Equipe dos Robôs de Tamanho Médio (Middle Size Robot League), Equipe dos Robôs de Quatro Pernas (Four-Legged Robot League) e, finalmente, a Equipe Humanoide.
Que objetivos técnico-cienfícos tem a competição? “A ideia central da competição de usar o futebol como teste para robôs é aprender tudo sobre as necessidades e requisitos dos agentes, ou seja, os robôs que agem ou atuam em tempo real, e em ambientes adversos” – diz Ubbo Visser, professor associado de pesquisa de ciências da computação da Universidade de Miami.
Segundo o professor Visser, “para entender o que é necessário para que um robô possa integrar conhecimento e usar a informação num contexto de tal modo que possa tomar decisões numa fração de segundo. Esse é, aliás, um dos mais problemas mais difíceis a serem resolvidos hoje nas áreas de Inteligência Artificial e Robótica.”
O sonho dos especialistas é promover no futuro uma Robocup com partidas disputadas por duas equipes com 11 jogadores-robôs humanoides de cada lado, com árbitro, bandeirinhas e transmissão de TV 3D para todo o mundo. E os jogadores deverão ser do mesmo tamanho que os seres humanos, numa competição tão emocionante como esta Copa da África do Sul de 2010, num campo de futebol com as dimensões oficiais, que disputarão partidas com 11 jogadores de cada lado.
Everaldo Gomes
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